sábado, 9 de junho de 2012

Piqué ressalta legado do Barça na Fúria: ‘Chance de derrota é menor’

O fracasso do Barcelona na semifinal da Liga dos Campeões e no Campeonato Espanhol provou que não há nenhum time genial incapaz de ser superado. A escola aperfeiçoada por Josep Guardiola e que testa a paciência dos adversários com longas trocas de passes virou sinônimo de um futebol exemplar. Teve lá o seu período de instabilidade e críticas, é bem verdade, mas em geral pode se orgulhar por ter deixado um legado. Zagueiro do Barça, GerardPiqué acredita que a Espanha foi uma das que mais se beneficiou com o “intercâmbio” de seus companheiros, agora com quatro no time titular: Busquets, Xavi, Iniesta e o próprio defensor. Não à toa venceu a Euro 2008, a Copa 2010 e por isso chega à Eurocopa 2012credenciada por muitos como a melhor seleção do planeta.
Piqué e Xavi no treino da Espanha (Foto: AP)Piqué e Xavi em treino da Espanha: para zagueiro, Barcelona deixou legado na seleção (Foto: AP)
– Da minha experiência, prefiro dominar todos os jogos. No final, isso é futebol e a opção de derrota sempre existe. Mas se você tem 60% ou 70% de posse de bola as chances de derrota são menores. De qualquer forma, com certeza, terá alguma seleção que vai disputar conosco nesse sentido – disse, ressaltando que não há problema de atuar em outro estilo.
– Cada time tem que se adaptar aos jogadores que possui. O exemplo mais simples é na liga espanhola. O Barça tenta jogar com toque de bola porque tem jogadores com qualidade para manter a posse. Já os jogadores do Real Madrid buscam o contra-ataque, o espaço e se sentem melhores assim. A partir disso, cada um busca sua filosofia.
Favorito? Sim, senhor
Gerard Piqué no treino da Espanha (Foto: Getty Images)Zagueiro admite gostar do favoritismo (Foto: Getty)
De uma maneira ou outra, é um senso comum apontar a Espanha como uma das candidatas ao título da competição na Polônia e Ucrânia. E Piqué não se importa com a pressão que terá de carregar sobre os ombros.
– Ser favorito não é algo que as pessoas gostam, mas eu gosto. Se nos veem como favoritos é porque nos veem como um time para ganhar o campeonato. Ainda que possa existir uma pressão adicional, gosto e me dá a sensação de que temos uma equipe muito forte. Prefiro ir com este cartaz e acho que temos pressão em todo o nosso dia a dia nos clubes. Podemos seguir com ela – afirmou.
Piqué, no entanto, não quer ver o grupo em um ambiente de euforia, especialmente após a badalação com os dois últimos títulos.
– Depois de ganhar uma Euro e um Mundial você apaga tudo, esquece. Há que ter euforia sabendo onde se está, de maneira comedida. É uma competição complicada, com muitas seleções boas e devemos ir passo a passo. Seria essencial começar vencendo a Itália e tentar, a partir disso, ser nós mesmos e implantar o nosso jogo – contou.
Itália na memória
Piqué esteve presente e até foi um dos protagonistas da conquista na África do Sul, só que pouco viu da campanha na Áustria e Suíça, dois anos antes. As recordações como torcedor são boas, principalmente quando o assunto é a Itália. Na ocasião, a Fúria avançou para a glória com uma vitória nos pênaltis.
– Acho que estava em Mallorca, de férias. Lembro do pênalti de Cesc (Fàbregas) e pulamos com muita alegria. Era um passo adiante que há muito tempo não se via e foi uma grande felicidade. A Espanha mudou de mentalidade. Antes, quando chegava nas quartas jogava para não perder e agora é para ganhar – encerrou.
Fúria e Azzurra se enfrentam no próximo domingo, às 13h (de Brasília), em Gdansk, pela abertura do Grupo C – Irlanda e Croácia completam a chave. O GLOBOESPORTE.COM e o SporTV transmitem todos os jogos ao vivo.

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